Value investing, em linhas gerais, é uma modalidade de investimento que visa a compra de ações com preço abaixo do seu valuation no mercado. Geralmente, os investidores que operam com estratégias de value investing são adeptos do Buy and Hold e buscam manter os ativos em suas carteiras por longos períodos para conquistar ganhos de longo prazo.

Esse jeito agressivo de investir em renda variável vai muito além de somente levar em consideração o preço presente das ações de uma empresa — dado que também aplica ferramentas como avaliação de múltiplos e/ou fluxos de caixa futuros. Estas análises permitem examinar as companhias por diversos aspectos — como perenidade do negócio, viabilidade dos projetos e qualidade da gestão.

Isso permite ao investidor apontar com mais precisão o valor intrínseco de uma empresa — ou seja, seu valor real, uma vez que não necessariamente o valor intrínseco é igual ao valor de mercado atual da companhia.

Fundamentalmente, podemos apontar dois tipos de value investing:

➔ DEEP VALUE INVESTING: considerado como o value investing extremo. Nesta estratégia, o investidor adquire ações de empresas completamente depreciadas — em geral, já em fase de liquidação, recuperação judicial e correlatos;

➔ HIGH QUALITY INVESTING: consiste em comprar ações de companhias com boa saúde financeira que praticam preços baixos. Como o próprio nome sugere, aqui o objetivo é adquirir partes de empresas de alta qualidade em inúmeras perspectivas — como produtos, gestão e geração de caixa, a título de exemplo.

Mesmo quando a Bolsa de Valores apresenta altas constantes, existem várias oportunidades no mercado para que o investidor faça o seu dinheiro render a partir de empresas desvalorizadas.

Uma curiosidade é que Warren Buffett, 3º homem mais rico do mundo — com patrimônio estimado em US$ 82,5 bilhões de acordo com a Forbes — praticou amplamente o deep value investing em seu primeiro emprego no mercado financeiro.