Guidance

Um guidance — “orientação”, em tradução livre do inglês — se constitui de informações que uma empresa de capital aberto oferece ao mercado como uma indicação ou conjectura de seu desempenho futuro.

Trata-se de uma ferramenta básica para uma boa governança corporativa — posto que evita um acesso desigual aos dados da empresa, democratizando as informações ao divulgá-las para o mercado como um todo.

Em geral, a divulgação do guidance é acompanhada de outros documentos igualmente relevantes — como relatórios de resultados trimestrais e/ou demonstrativos financeiros anuais, por exemplo.

As empresas, em sua maioria, possuem equipes especializadas na composição do guidance. Elas são encarregadas do levantamento das informações — administrativas, financeiras e contábeis, dentre outras —, da leitura do cenário atual e do acompanhamento dos fatores externos ao objeto da análise.

Essa projeção da empresa para o mercado deve ser feita de maneira planejada e responsável, mensurando o efeito que cada informação pode ter sobre os variados perfis de investidor e como isso reverterá para a própria companhia.

Em função desse receio de assustar o mercado, várias empresas evitam a divulgação de guidance — uma vez que, no Brasil, ele não é obrigatório por força de lei.

Apesar disso, no outro lado da moeda, as informações presentes em um guidance também podem fazer com que o risco de investimento de uma companhia despenque — aumentando o número de investidores interessados e, por tabela, diminuindo a volatilidade dos ativos. Desta forma, a prática não favorece somente a empresa — mas todo o cenário do mercado financeiro nacional.

Os temas apresentados em um guidance costumam compreender:

• Custos e despesas;
• Faturamento;
• Fluxo de caixa;
• Lucros;
• Receitas;
• Vendas;
• Desenvolvimento do setor;
• Indicadores econômicos.

É importante ressaltar que o guidance trata de expectativas e projeções — ou seja, todos os temas listados acima são colocados no futuro nas divulgações.

Um forward guidance, por sua vez, é um instrumento de política monetária em que um Banco Central indica o que a sociedade deve esperar da postura de juros futura.