Carga tributária, é o termo usado para se referir ao resultado da relação entre a soma da arrecadação do Estado e o Produto Interno Bruto (PIB) de uma nação, em determinado período.

No Brasil, faz menção ao fluxo total de recursos financeiros direcionados da sociedade ao Governo através da arrecadação de tributos no âmbito federal, estadual e municipal, a fim de financiar suas atividades (serviços públicos), dentro de sua estrutura social e econômica.

Essa verba arrecadada é responsável, portanto, para a manutenção de toda a máquina pública, desde o pagamento dos salários dos servidores públicos da rede ensino, de segurança, de saúde, etc, até a investimentos em obras de infra-estrutura nos setores de transporte, logística, energia, telecomunicações, e outros.

Uma carga tributária justa e eficiente, acaba por ser determinante quanto ao nível de desenvolvimento de uma país e, consequentemente, ao nível de vida de seus habitantes. Saber determinar adequadamente quais tributos e suas respectivas alíquotas, assim como conseguir realizar uma boa gestão dos recursos arrecadados, tendem a criar um círculo virtuoso de progresso e prosperidade em uma nação.

Do lado contrário, uma carga tributária mal dimensionada e com gestão deficiente dos recursos, irá incentivar a evasão e a sonegação fiscal, gerando um círculo vicioso de decadência, corrupção e pobreza.

Apesar de ser um bom indicador para o nível de desenvolvimento de uma nação, isoladamente, a carga tributária pode não dizer muito. Nos últimos anos, a carga tributária brasileira tem ficado em torno dos 32% do PIB, o que significa que um terço do que o país produz é destinado à manutenção do Estado. Essa carga é inferior a de países mais desenvolvidos como França (45%), Itália (44%) ou Suécia (43%) – conforme dados da Receita Federal.

O que de fato mais importa é como a arrecadação volta para a população em forma de investimentos e serviços.