TRON é uma rede blockchain de código aberto que pode executar contratos inteligentes (smart contracts) e ser usada para criar aplicativos descentralizados (dApps). O principal objetivo do projeto é a criação de uma web descentralizada.
Dentre outros benefícios dessa internet distribuída, o projeto almeja a criação de um sistema de compartilhamento de conteúdo livre de intermediários. Os criadores de conteúdo poderiam assim se conectar diretamente com os consumidores e vender seus produtos.
Sua rede de teste foi lançada em março de 2018 com um token ERC-20 na blockchain Ethereum. Posteriormente fez a transição para sua própria blockchain e token nativo TRX.
Tron foi criado pelo empresário Sun Yuchen (Justin Sun), duas vezes ganhador do prêmio “30-Under-30” da Forbes na Ásia, no início de 2017. Seu prestígio acabou rendendo parcerias expressivas com investidores e desenvolvedores em torno do projeto.
Como um passo importante para atingir suas metas, a TRON Foundation, empresa sem fins lucrativos que lidera seu desenvolvimento, adquiriu em 2018 a empresa de compartilhamento de arquivos Peer to Peer – P2P BitTorrent. Esse fato chamou bastante atenção do mainstream para o projeto, o qual pode lançar o BitTorrent Token (BTT) para expandir seu protocolo e incentivar seu uso.
Um grande diferencial do projeto é a flexibilidade para a execução de contratos inteligentes. Através de sua TVM (Tron Virtual Machine) é possível criar dApps compatíveis com a EVM (Ethereum Virtual Machine). Além disso, existem planos em desenvolvimento para adicionar compatibilidade com outras máquinas virtuais.
TRON usa uma arquitetura de três camadas:
– Camada Core (principal): executa as tarefas fundamentais para o blockchain, como validação de transações, gerenciamento de contas e leitura de contratos inteligentes. Usa a linguagem desenvolvida para a rede Ethereum chamada de Solidity;
– Camada de Armazenamento: construída para lidar com armazenamento de dados complexos, é dividida em armazenamento blockchain e armazenamento de estado;
– Camada de Aplicação: usada pelos desenvolvedores para criar dApps e carteiras personalizadas (wallets).
Para validar as transações, o rede usa um mecanismo de consenso chamado de Delegated Proof of Stake – dPoS, uma variação do modelo mais comum de Proof of Stake – PoS (Prova de Participação). O PoS é uma alternativa popular e energeticamente eficiente ao modelo Proof of Work – PoW – (Prova de Trabalho) introduzido pelo Bitcoin (BTC).
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