Halving é um evento deflacionário em que as recompensas recebidas pela validação de transações no blockchain diminuem pela metade. Seu efeito é muito significativo pois reduz a taxa de oferta de moedas/tokens que entra em circulação em cada uma de suas ocorrências. Isso significa que, ao trazer cada vez menos unidades da moeda, aumenta-se a escassez da mesma.

Esses eventos são programados diretamente no código (algoritmo) e divulgados previamente. Por exemplo, as recompensas do Bitcoin são programadas para diminuir aproximadamente a cada quatro anos. As recompensas são atualmente de 6,25 BTCs por bloco (900 BTCs diariamente), abaixo dos 12,5 BTCs (1800 BTCs diários) desde o 2T20. As recompensas continuarão a diminuir a cada quatro anos, até que o último Bitcoin seja extraído aproximadamente no ano 2140.

As reduções pela metade têm o benefício adicional de tornar o cronograma de emissão mais previsível, pois o tempo de circulação pode ser estimado a qualquer momento. Isso possibilita a determinação da avaliação do token com mais precisão.

Tal recurso está presente em quase todas as criptomoedas que não são pré-mineradas, onde as recompensas de staking ou mineração diminuem ao longo do tempo. Novos projetos são muitas vezes concebidos para trazer apenas a oferta mínima viável necessária no lançamento em circulação, a fim de aumentar seu valor inicial.

O halving do Bitcoin em 2020 foi o terceiro, após as reduções de mineração em 2016 e 2012. Cada halving foi seguido por um forte aumento de preço devido ao aumento da escassez e ao aperto da oferta dos mineradores. Outros halvings notáveis ​​incluem o das altcoins Bitcoin Cash e Litecoin.

O próximo halving do Bitcoin está programado para março de 2024 e verá as recompensas de mineração caírem para meros 3.125 BTC por bloco.