O Cypherpunk pode ser descrito como um movimento de ativismo digital que busca a proteção, liberdade e privacidade dos usuários digitais, a partir do que a criptografia pode oferecer. O termo foi cunhado por volta da década de 80 e traz a junção das palavras “cypher” e “punk” para dar uma ideia de “rebeldes da criptografia”.

Diante do advento da internet, a criptografia começa a ter um papel fundamental no seu desenvolvimento, repercutindo direta e indiretamente em todo o funcionamento da rede mundial de computadores. E ao longo de sua evolução, alguns nomes se destacam na contribuição dada à evolução da própria criptografia, como por exemplo, David Chaum, Shafi Goldwasser e Silvio Micali.

Destes, pelas suas ideias radicais em favor da independência dos indivíduos quanto ao controle do governo e das grandes instituições, podemos definir David Chaum como o primeiro Cypherpunk.

Já no início dos anos 90, com a evolução da internet, começam a surgir espaços online em que se discutiam assuntos diversos. Apesar de ainda com um tamanho muito limitado em comparação com os dias de hoje, esses espaços permitiram que milhares de pessoas compartilhassem informações de qualquer lugar do mundo sem estar fisicamente presentes. Surge então, em 1992, o fórum de discussão cypherpunk, com diversas personalidades hoje reconhecidas mundialmente. 

Esse cenário foi a base para o desenvolvimento de diversos projetos que utilizam a criptografia, e que têm mudado radical e definitivamente o mundo como até então conhecíamos. É o caso da tecnologia blockchain e das criptomoedas, como o Bitcoin.