O Bitcoin é uma criptomoeda que surgiu em 2008, com o objetivo de substituir o dinheiro fiduciário emitido pelos bancos centrais, eliminando assim a necessidade de um controle monetário governamental e de agentes bancários intermediários na execução de transações financeiras. Tendo surgido logo após a crise financeira de 2007/2008, suspeita-se que sua criação é uma resposta ao sistema financeiro tradicional, viciado e manipulável.

Sua primeira aparição se deu após a publicação de um artigo pelo pseudônimo de Satoshi Nakamoto, figura desconhecida até hoje do público. O artigo descrevia essa inovação de grande potencial disruptivo para o sistema monetário e economia mundial.

Seu funcionamento se dá a partir, principalmente, da criptografia e da tecnologia do blockchain – um livro-razão descentralizado, imutável, transparente e executado por algoritmo. Através desse sistema, é possível realizar negociações de forma segura, entre duas ou mais pessoas, independente de qualquer autoridade ou instituição para validá-la.

Para tanto, o próprio ecossistema do Bitcoin proporciona os requisitos necessários à sua execução: nodes espalhados pelo mundo que têm uma cópia de todo os registros de seu blockchain e garantem a proteção da rede, mineradores que realizam a tarefa de validar as transações, gerando a emissão de novas criptomoedas pelas quais são recompensados, e os diversos usuários que realizam as negociações entre si.

Como seu algoritmo determina que sua emissão máxima seja de cerca de 21 milhões de unidades e com uma taxa de emissão caindo pela metade a cada quatro anos, a previsão do fim da criação de novos bitcoins está prevista para o ano 2140. E esse aspecto faz com que a criptomoeda tenha uma natureza anti-inflacionária e de tendência à própria valorização ao longo do tempo.