Tipos de fundos de investimentos: aberto, fechado, com carência, sem carência

É muito comum que novos investidores não conheçam todos os tipos de fundos de fundos de investimentos disponíveis. Afinal, são várias opções e pode levar um tempo até se familiarizar com todas elas.
Pensando nisso, resolvemos explicar as características dos diferentes tipos de fundos de investimentos para que você tenha as informações mais importantes sobre eles antes de decidir aplicar seus recursos.
Veja os tópicos que serão abordados neste artigo:
- Tipos de fundos de investimentos
- Fundos abertos
- Fundos abertos com carência
- Fundos abertos sem carência
- Fundos fechados
- Classificação dos fundos de investimento
Tipos de fundos investimentos
Diferentes tipos de fundos de investimentos abarcam aplicações e papéis igualmente distintos. Há opções para todos os objetivos: desde os de menor risco e rentabilidade, até os mais complexos, que geram maiores lucros mas também são mais voláteis.
Em primeiro lugar, é importante saber que todos os fundos de investimentos devem estar de acordo com a ICVM 555, normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Essa é uma regra exigida pelos órgãos reguladores para o funcionamento seguro dos fundos.
Fundos abertos e fechados
Dito isso, passemos aos tipos de fundos de investimentos existentes no mercado. Em geral, eles podem ser classificados como condomínios abertos ou fechados.
No caso dos fundos abertos, eles ainda são divididos em fundos com carência e sem carência. Veja mais detalhes sobre cada um deles nos tópicos seguintes.
Fundos abertos
Os fundos abertos são aqueles que contam com regras mais flexíveis: são admitidos novos cotistas ou o aumento da participação de cotistas antigos através de novos investimentos. Também é possível que o investidor resgate suas cotas e saia do fundo quando quiser.
Dessa forma, qualquer investidor pode comprar cotas dos fundos abertos, no momento que desejar, fazendo com que os aportes aconteçam a qualquer momento.
Entretanto, o administrador tem poder para suspender novas aplicações no fundo a qualquer momento. A regra para isso é que a suspensão seja aplicada tanto aos cotistas mais recentes quanto aos mais antigos, o que impede a entrada de novos investidores e o aumento da participação dos atuais.
Também é possível que o administrador declare o fechamento do fundo para novos resgates em casos de iliquidez dos ativos pertencentes à carteira do fundo, ou seja, quando os ativos não podem ser facilmente vendidos ou quando há indisponibilidade de dinheiro.
Embora sejam situações raras, podem acontecer devido a pedidos de resgates que sejam incompatíveis com a liquidez existente ou que impliquem alteração do tratamento tributário do fundo ou do cotista. Neste último caso, torna-se obrigatória a convocação da Assembleia Geral Extraordinária, segundo as condições estabelecidas em regulamento.
Fundos abertos com carência
Como explicamos acima, os fundos abertos são divididos em duas categorias: com carência e sem carência. Os fundos com carência são aqueles em que há um tempo mínimo determinado para que o cotista possa fazer o resgate do seu investimento, com os rendimentos.
Assim, o investidor só pode deixar o fundo na data de vencimento, para que não perca a sua aplicação.
Embora os fundos de investimento que funcionam com carência estejam quase extintos atualmente, ainda há uma quantidade de ativos que estipula um tempo para resgate, normalmente superior a um dia.
Funcionando como substituto dos fundos com carência, essa modalidade de fundos de investimento geralmente têm prazos de 15 a 30 dias, período em que o investidor deve fazer a solicitação para resgatar o valor.
Fundos abertos sem carência
Atualmente, a maior parte dos fundos distribuídos pelos grandes bancos são fundos de investimento sem carência. Isso significa que não existe um tempo mínimo para o investidor manter sua aplicação no ativo.
O motivo está ligado ao aumento da procura dos investidores pelos fundos, o que gerou o aumento da concorrência e levou o mercado a se ajustar. Assim, cada vez mais os fundos estão se tornando mais acessíveis para os cotistas, não só na questão da carência como também com taxas administrativas e valor de aplicação inicial mais em conta.
Para se ter uma ideia, antigamente a taxa de administração de fundos chegava até a 6%. Hoje, elas não ultrapassam os 3%. Outra mudança é que os fundos começaram a cobrar uma taxa de performance, que é tarifada quando o fundo supera o seu objetivo.
No entanto, o investidor deve manter-se atento. Muitas vezes um fundo não consegue devolver o valor aplicado em um tempo mínimo, o que, na prática, acaba funcionando também como uma espécie de carência.
Fundos fechados
Diferente dos fundos abertos, os fundos fechados possuem regras mais rígidas. Nesta modalidade, o número de cotas é limitado e não é permitida a entrada e a saída de cotistas após elas serem vendidas.
Além disso, os investidores antigos também não podem aumentar sua participação com novas aplicações. No entanto, é possível que sejam abertas rodadas de investimento, o que permite que as cotas sejam negociadas em mercado secundário.
Outra regra dos fundos fechados é que o resgate só pode ocorrer no fim do prazo de duração do fundo.
Como os fundos de investimentos fechados são registrados nos mercados administrados pela B3, quando um investidor decide comprar ou vender cotas desse tipo de fundo, ele deve enviar a ordem pela corretora para o sistema da B3 em que a cota esteja registrada.
Caso o cotista deseje sair da aplicação, é possível negociar cotas de fundos fechados no mercado secundário, realizando uma transferência de papéis.
Classificação dos fundos de investimento
Agora que você entendeu as características dos diferentes tipos de fundos de investimentos, é hora de conhecer as classificações dessas aplicações. São elas que irão definir o funcionamento dos fundos, o perfil e tipos de cotas.
Veja abaixo:
Fundos referenciados (DI)
São os fundos que apresentam o menor risco e buscam superar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). A maioria dos ativos deste grupo são pós-fixados e apresentam baixa rentabilidade.
Fundos de renda fixa
Voltados para um perfil de investidor conservador, os fundos de renda fixa contam com aplicações de menor risco. Estão presentes em sua composição títulos prefixados e pós-fixados.
Fundos multimercado
Os fundos multimercado reúnem vários ativos em um único produto, sendo uma boa opção para quem deseja diversificar sua carteira de investimentos. Há maior liberdade de gestão e rendimentos mais altos.
Fundos de investimento em diretório creditório (FIDC)
Este tipo de fundo destina, no mínimo, 50% dos seus recursos para a aplicação em diretórios creditórios, que podem ser derivados de cheques, duplicatas, aluguéis e parcelas de cartões de crédito.
Fundos imobiliários (FII)
Focado no mercado de imóveis, os fundos imobiliários são negociados por meio de home broker e têm a vantagem da isenção do imposto de renda sobre os rendimentos.
Fundos de ações
Embora os fundos de ações sejam uma das opções mais arriscadas, também são aqueles com maior potencial de rentabilidade. Em geral, esses fundos buscam superar o índice Ibovespa.
Fundos cambiais
Assim como os fundos de ações, os fundos cambiais apresentam alto risco. Eles exigem que, no mínimo, 80% dos fundos sejam aplicados em moedas estrangeiras.
No Brasil, o foco dos fundos cambiais é o dólar, buscando seguir a valorização desta moeda. Os aportes costumam ser menores do que os exigidos pelos outros fundos.
Conclusão
Como você viu, existem várias opções de fundos de investimento. Quem tem interesse em investir nessas aplicações deve estudar bem cada uma delas para tomar uma decisão segura e consciente.
Gostou de aprender mais sobre os tipos de fundos de investimentos? Então aproveite para aprofundar seus conhecimentos e saiba como começar a investir nos fundos de investimento!