Mercados econômicos mundiais: como eles afetam o Brasil?

Entenda melhor como funcionam os maiores mercados do mundo e como eles causam impactos direta ou indiretamente na economia brasileira!

Por Equipe Akeloo

Publicado em: 13/10/2020 às 9h00

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Mercados econômicos mundiais: como eles afetam o Brasil?

Entender um pouco sobre o  funcionamento do cenário mundial e, principalmente, dos maiores mercados econômicos nele inseridos é fundamental para compreender melhor as relações que ditam a dinâmica das economias mundiais e regionais.

Fato é que a forma como os mercados econômicos funcionam no exterior tem impacto direto sobre o mercado brasileiro, justamente por se relacionarem com as nossas importações e exportações, bem como com os investimentos em empresas nacionais e, consequentemente, com a  Bolsa de valores brasileira.

É justamente por essa enorme importância que preparamos esse artigo. Nele você vai aprender:

  • quais são os maiores mercados econômicos do mundo;
  • como esses mercados funcionam;
  • quais foram os impactos da pandemia nesses mercados;
  • qual a influência dessas grandes economias no Brasil.

Quais são e como funcionam os dois maiores mercados do mundo?

As transformações econômicas sofridas pelo mundo no último século levaram a formação de um cenário que hoje é marcado pela globalização econômica e pela livre circulação do capital, que se movimenta entre os países sem se prender às fronteiras existentes.

Essa movimentação é feita através de relações comerciais entre países, tanto por meio de seus Estados, que regem grande parte das importações e exportações de produtos essenciais, quanto por meio de empresas neles localizadas, que realizam transações comerciais e investimentos por todo o mundo.

Nesse contexto, alguns países se destacam como os maiores detentores de recursos financeiros e tecnológicos do mundo e por isso tem muita influência na forma como o mercado se comporta. Neles estão também as maiores Bolsas de valores, que causam igual impacto na economia mundial. Dentre eles, podemos destacar principalmente o Estados Unidos, a China e a Alemanha.

O mercado econômico estadunidense

A economia dos Estados Unidos da América é considerada a maior do mundo, com um produto interno bruto (PIB) estimado em US$ 21,439 trilhões em 2019. Essa economia é bem diversificada, possuindo uma forte base tanto no setor primário (agropecuária), quanto no secundário (indústrias) e terciário (serviços).  

Os EUA possuem uma das maiores indústrias agrícolas do mundo, sendo os maiores produtores mundiais de milho e um dos maiores de soja, algodão e trigo, além de possuírem também o maior segundo maior rebanho comercial de gado bovino, ficando atrás apenas do Brasil. Não obstante, a indústria de bens de consumo manufaturados é extremamente forte no país, que tem seu ponto forte em produtos eletrônicos, maquinários, produtos químicos e equipamentos de transporte. 

Por toda essa enorme produção, eles ocupam uma posição de enorme importância no cenário mundial de exportações, ocupando o segundo lugar entre os maiores exportadores do mundo em termos financeiros, com uma média de US $ 1,665 trilhões de dólares até setembro de 2020. 

Apesar disso, engana-se quem acredita que a principal composição do PIB estadunidense se dá a partir de manufaturas e indústrias de base. A sua principal fonte de renda está no setor de serviços e de finanças, já que nos EUA estão sediadas algumas das maiores empresas do mundo, como a Amazon e o Google, além de inúmeras instituições financeiras de peso. Para se ter ideia da dimensão desse poderio financeiro,  cidade de Nova York é considerada o maior centro financeiro do mundo, possuindo  a NYSE e a NASDAQ, as mais influentes Bolsas de valores do globo, o que mostra ainda mais o grande impacto a economia americana no cenário econômico mundial. 

O mercado econômico chinês

A China é considerada uma das maiores economias do mundo, possuindo um PIB estimado de $14,140 trilhões de dólares em 2019, ficando atrás apenas do EUA. Essa nação é a que apresenta o maior crescimento econômico nas últimas duas décadas, com um crescimento médio de 10% ao ano.

Diferente dos EUA, esse país é extremamente pobre em recursos naturais e possui apenas 7% do seu território apto a ser utilizado para a atividade agrícola. Apesar disso, a China se mantém como a maior exportadora de arroz do mundo, além de ter papel importante na exportação de outras commodities, como soja, trigo e milho. Ela também se destaca na exportação mineral, sendo uma grande exportadora de petróleo, minério de ferro, manganês, dentre outros minerais.

A principal atividade econômica chinesa, porém, é a industrial. Ela se divide entre a produção de bens de consumo manufaturados, sendo responsável por 8% de toda produção mundial desses bens, e outros setores, como o de máquinas de construção e metalurgia. 

A exportação chinesa alcançou níveis tão altos que ela ocupa o primeiro lugar no ranking mundial, registrando um superávit na sua balança comercial nos últimos anos. 

A China é também considerada um dos melhores destino para a implantação de filiais de grandes multinacionais pela sua ampla oferta de mão de obra e de recursos minerais. Apesar disso, grande parte da comunidade mundial questiona as condições de trabalho de grandes fábricas chinesas, que acumulam denúncias de situações de subemprego, considerando que a ausência de direitos trabalhistas possa ser um dos motivos pelos quais esse país apresenta preços tão competitivos no mercado internacional.

Fato é que a economia chinesa sofre grande interferência estatal, que determina os principais focos de investimento dos recursos trazidos por esse grande crescimento econômico, o que a diferencia muito dos demais países do globo, provavelmente tornando a China um país com um sistema econômico único em todo o mundo.

O impacto da pandemia sobre os grandes mercados econômicos mundiais

A pandemia do novo coronavírus afetou todos os países do mundo o  relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), a  economia mundial poderá registrar em 2020 o pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929. 

Perdas históricas nas Bolsas de todo o globo já foram registradas e a economia dos maiores mercados econômicos do mundo, como os EUA e a China, já contam com possíveis quedas em seus PIBs.  O temor de uma recessão global tem levado os bancos centrais a reduzirem as taxas de juros e a anunciar medidas bilionárias de estímulo e de socorro e inúmeros governos passaram a injetar grandes quantias em suas economias, a fim de minimizar os prejuízos. 

Esses impactos são sentidos também no Brasil, que tem enfrentado uma desvalorização de sua moeda frente ao dólar e estagnação da atividade econômica. O Índice Bovespa, o mais importante indicador de desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores Brasileira, chegou a perder o equivalente de 70 mil pontos (cerca de 40% de sua cotação).

Dados do dia 06/10/2020

Apesar disso, os indicadores têm apresentado uma melhora importante nos últimos dois meses, o que pode ser um indício de uma recuperação econômica mundial e tem trazido mais ânimo aos governos e aos investidores, mesmo diante de um futuro tão incerto.

Quer saber mais sobre como funciona a Bolsa de Valores nas crises? Então confira nosso conteúdo exclusivo sobre esse tema.

Mas afinal, como esses mercados econômicos influenciam o Brasil?

A economia brasileira tem seu PIB formado por quatro atividades econômicas principais: a agropecuária, o setor de serviços, a indústria e o comércio. A maior parte de suas  exportações, porém, se concentram no setor agrícola, sendo principalmente a soja, o petróleo e o minério de ferro. 

Enquanto isso, suas importações estão alocadas majoritariamente no setor de indústria e transformação de produtos. Isso faz com que o valor agregado, ou seja, o valor econômico atribuído ao produto, das importações brasileiras seja muito maior do que o da exportação e, assim, o Brasil tem que exportar muito mais em quantidade para garantir um maior equilíbrio em sua balança comercial. 

Dessa forma, a economia brasileira fica muito atrelada à economia dos seus principais parceiros comerciais, como a China e os EUA, que são os principais compradores dos produtos tupiniquins.

Além disso, como um país emergente que está em desenvolvimento, o Brasil necessita sempre de angariar recursos de investidores para o crescimento do país e de suas empresas, o que o torna mais uma vez dependente economicamente dessas grandes potências que regem o comércio mundial. Por isso, é sempre importante que haja um alinhamento entre as políticas externas brasileiras com as dos outros países, a fim de manter essas relações comerciais proveitosas para ambos os lados.

Toda essa conjuntura nacional e internacional impacta diretamente os investimentos, principalmente aqueles em renda variável, já que a Bolsa de valores brasileira, a B3, tem suas variações muito relacionadas a esse cenário. Por isso, ter sempre uma carteira de investimentos diversificada e, principalmente, estar sempre se atualizando para entender o que está acontecendo  na economia mundial é extremamente necessário para alcançar o sucesso financeiro.

Conclusão

Como você pode perceber, a forma como a economia mundial funciona está muito conectada com o que acontece dentro do mercado econômico brasileiro. Isso com certeza influencia muito os seus investimentos e é por esse motivo que o estudo constante é a única maneira de potencializar as chances de suas estratégias serem bem sucedidas. 

E se você gostou de aprender sobre as principais economias do mundo e se inteirar um pouco mais sobre o que está acontecendo, então não deixe de conferir o nosso blog e o nosso perfil no Instagram com diversos conteúdos para ajudar você a construir um caminho de sucesso no universo financeiro.

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