Forks de criptomoeda: o que são e qual seu impacto no mercado?

Entenda tudo sobre forks de criptomoedas e saiba mais sobre como é feito esse processo

Por Equipe Akeloo

Publicado em: 13/08/2021 às 17h41

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Forks de criptomoeda: o que são e qual seu impacto no mercado?

Você já ouviu falar de forks de criptomoedas? Esse é o nome dado quando uma moeda digital sofre uma atualização e isso a torna incompatível com a versão anterior.

Isso acontece porque as criptomoedas são softwares de código aberto desenvolvidos coletivamente. Qualquer usuário pode sugerir modificações e escrever novas linhas de código. 

Se as mudanças propostas são aceitas pela comunidade, então uma nova versão passa a valer. Caso contrário, ou seja, quando uma parte da comunidade decide permanecer com o modelo antigo, uma nova criptomoeda é criada.

Os investidores defendem que isso é vantajoso para o mercado das criptomoedas porque cresce a variedade de moedas digitais disponíveis para compra e venda. 

Se você não sabe do que estamos falando, não se preocupe. Neste texto você saberá mais sobre:

  • O que são forks de criptomoedas? 
  • Quais são os tipos de forks de criptomoedas? 
  • Como acontecem as atualizações das criptomoedas? 
  • Qual é o impacto dos forks de criptomoeda no mercado? 

O que são forks de criptomoedas? 

Para início de conversa, precisamos compreender o que significa fork. Esta é uma palavra em inglês normalmente traduzida como garfo. No contexto das criptomoedas, ela está associada a um segundo significado: bifurcação. 

Ou seja, o fork a que estamos nos referindo significa, por definição, a “divisão ou separação de alguma coisa em dois ramos ou braços”. 

É isso o que acontece quando o código de uma criptomoeda é atualizado e uma nova versão é criada. O que era um, passa a ser dois: o antigo e o novo. 

Esse fenômeno pode ser observado durante o processamento das criptomoedas, que ocorre por meio de uma rede de computadores em que os usuários mantém uma cópia do banco de dados com todo o histórico de transações. 

Cada computador ligado à rede é chamado de nó e seu trabalho é verificar se os blocos que contém transações seguem as regras de determinada criptomoeda, isto é, estão dentro do padrão pré-determinado das linhas de código.

Quando alguém faz uma mudança nessas regras, todos os nós precisam passar por uma atualização. Aqueles que não passam por esse processo começam a considerar inválidas determinadas transações. Isso é chamado fork. 

A partir daí, os usuários debatem se aceitam ou não atualizar o código-fonte, o que pode gerar uma criptomoeda nova e independente.

As atualizações ocorrem por uma série de motivos, como para corrigir riscos de segurança detectados em versões antigas, adicionar novas funcionalidades e reverter transações. 

Quais são os tipos de forks de criptomoedas? 

Existem dois tipos de forks de criptomoedas: Soft e Hard. Essa distinção diz respeito aos efeitos gerados pela atualização na moeda digital. 

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O fork introduz uma regra ou funcionalidade que a versão anterior do software não possuía ou permitia. Isso reflete na maneira como essa moeda vai existir no mercado digital. 

Soft Fork

O Soft Fork é uma mudança que não provoca incompatibilidade com as regras de consenso da comunidade. Esse tipo de atualização acontece em segundo plano e não requer a autorização dos usuários. 

É uma maneira de manter a criptomoeda atual e corrigir pequenas falhas que não a comprometem, mas que são feitas para aprimorá-las. Essas atualizações acontecem sempre e, muitas vezes, passam despercebidas pelo usuário. 

É como um aplicativo que você tem no celular que, de tempos em tempos, sofre uma atualização sem que você precise autorizar. São pequenas mudanças que fazem a diferença no sistema operacional, mas não mexem com a estrutura do código. 

Hard Fork

Já o Hard Fork é uma mudança mais complexa que mexe com linhas de código importantes de uma criptomoeda. 

Quando um usuário de determinada moeda digital adiciona novas funções ou tipos de transações inéditas, isso precisa ser aceito como uma regra de consenso. Caso contrário, isso pode gerar problemas no processamento do código. 

Ou seja, é preciso que todos atualizem o software para impedir que esse tipo de fork não acabe gerando duas criptomoedas distintas, uma com o novo código e outra com o código antigo. 

De forma geral, é uma maneira de reiniciar o sistema da criptomoeda para que todo os usuários passem a operar do zero. Isso significa que uma nova blockchain foi criada.

Como acontecem as atualizações das criptomoedas? 

Uma dúvida bastante recorrente entre quem ainda não está familiarizado com as criptomoedas é como acontecem, de fato, essas atualizações. Não é um processo simples, muito menos acessível para todo mundo. 

No universo das criptomoedas, qualquer atualização deve ser aprovada pela comunidade, então os usuários votam para decidir se determinada mudança será aplicada ou não. Essa votação acontece por meio do sistema da moeda digital

Não são todas as pessoas que votam; em geral, esse processo é feito pelos mineradores de criptomoedas. 

Quando uma atualização não recebe votos suficientes para ser aprovada, ela não acontece e acaba sendo ignorada. Entretanto, caso alguns grupos resolvam lançar a atualização mesmo sem o consentimento da maioria, é criada uma nova criptomoeda.

Qual é o impacto dos forks de criptomoedas no mercado?

Os forks não são maléficos para as criptomoedas. Pelo contrário, são eles que garantem a evolução delas, que precisam das atualizações para sobreviver dentro do contexto da internet. 

E quando são geradas novas criptomoedas, isso acaba beneficiando os investidores e a comunidade como um todo porque significa que a variedade de moedas digitais no mercado está maior. 

Você já deve saber que diversificar os investimentos é um dos maiores segredos para obter sucesso e no mercado das moedas digitais isso não é diferente. 

Para os investidores, a grande vantagem é que eles passam a ter a mesma quantidade de criptomoedas na versão antiga e na nova. O que vai diferenciar cada uma é a cotação, que ocorre livremente. 

Se as duas tiverem valor de mercado, todos saem ganhando. Porém, não há garantia que as novas criptomoedas vão se sair bem no mercado, já que isso depende de uma série de fatores, como o apoio dos mineradores, exchanges, desenvolvedores e da base de usuários que fará o uso dela. 

Conclusão

Assim como qualquer outro sistema digital online, as criptomoedas estão suscetíveis a atualizações que são chamadas de forks, palavra em inglês que significa bifurcação

Esse fenômeno acontece quando o código de uma criptomoeda é atualizado e uma nova versão é criada. O que era um, passa a ser dois: o antigo e o novo. 

Existem dois tipos de forks de criptomoedas. O primeiro é o chamado Soft Fork e trata-se de atualizações rotineiras que não alteram o código-fonte das moedas digitais. 

Essa mudança é feita em segundo plano, sem que os usuários tenham consciência de que ela acontece, geralmente para corrigir falhas que não comprometem a moeda e são feitas para aprimorá-las.

Já o Hard Fork diz respeito a mudanças complexas que alteram linhas de código importantes de uma moeda. 

Essas atualizações alteram as regras de consenso de uma criptomoeda e são aprovadas ou não por meio de votos. Caso elas não sejam aprovadas, elas são ignoradas. Se alguns grupos resolvem lançar a atualização mesmo assim, é criada uma nova criptomoeda.

Os forks não são maléficos para o mercado de criptomoedas. Muito pelo contrário. Eles permitem que as moedas digitais evoluam e ampliam a oferta de ativos virtuais. 

Agora que você já sabe o que são os forks, saiba como investir em bitcoins e outras criptomoedas nesse texto que produzimos sobre o assunto. 

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