Diversificação de investimentos: entenda como fazer na sua carteira
A diversificação de ativos é o primeiro passo para o investidor que deseja ter uma carteira forte. Confira dicas de como usar a estratégia na sua vida
Um dos maiores segredos para ter sucesso no mundo dos investimentos é, com certeza, saber montar uma carteira diversa e equilibrada.
Além de saber escolher quais produtos devem ou não fazer parte da carteira, é fundamental que o investidor tenha consciência acerca da importância da diversidade dos ativos escolhidos, pois essa é uma das estratégias mais bem-sucedidas de proteção e construção de patrimônio.
Em tempos de crise, como a que vivemos em 2020, é que a diversificação de investimentos se mostra mais valiosa, pois ela evita que toda a rentabilidade da carteira esteja exposta a um mesmo segmento, mercado ou indicador.
Isso significa que o risco, natural no mercado financeiro, fica dividido entre diversos ativos diferentes, diminuindo as possibilidades de prejuízo.
Neste texto você encontrará os conceitos que envolvem a diversificação de investimentos e também dicas de como montar uma carteira ideal para passar por todos os momentos e muito mais:
- A lógica da diversificação dos investimentos;
- O que significa, na prática, diversificar os investimentos?
- Vantagens de ter uma carteira diversificada;
- Diversificação e balanceamento: a combinação perfeita.
A lógica da diversificação dos investimentos
O objetivo da diversificação é diminuir o peso de um ou mais ativos sobre o desempenho geral dos investimentos.
Essa estratégia é fundamental pois ajuda a lidar com a imprevisibilidade e a alta volatilidade do mercado financeiro.
Para entender esse conceito, basta pensar no ditado popular “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
A mesma lógica pode ser usada na hora de escolher investimentos. O investidor que possuía toda sua carteira investida em renda variável viu o seu patrimônio despencar mais de 30% junto à Bovespa, em menos de um mês, após o início da crise do coronavírus, em 2020, por exemplo.
Se nessa época, por algum problema, ele precisasse liquidar as posições para ter o dinheiro em conta, as chances de ter de realizar um prejuízo seriam bastante altas.
Por outro lado, o investidor que se preocupa em manter uma carteira diversificada teria bem menos problemas com isso.
Em uma eventualidade, ele poderia resgatar o valor necessário de sua reserva de emergência, por exemplo. Presenciando as quedas da bolsa, ele poderia realizar o lucro dos fundos de ouro e dólar (que servem como um colchão para proteger a rentabilidade da carteira, pois se valorizam bastante em momentos de crise) para investir em renda variável, voltando a equilibrar a carteira e aumentando as chances de lucro no futuro.
Percebeu a diferença? Enquanto a primeira carteira, focada em apenas um ativo, não apresenta saída nos momentos de crise, a segunda carteira é, justamente por ser diversa, muito mais segura para o investidor.
O que significa, na prática, diversificar os investimentos?
A teoria é fácil de entender: a diversificação consiste em distribuir o capital entre diferentes ativos a fim de diminuir o risco dos investimentos.
Na prática, essa estratégia precisa ser bem pensada e definida com um objetivo pelo investidor.
O objetivo pode ser comprar uma casa, um carro, montar uma aposentadoria confortável, viajar e por aí vai.
Já a definição da estratégia deve levar em conta principalmente o perfil do investidor. É ele quem guia as porcentagens que cada ativo deve apresentar para que a carteira seja confortável e se adeque aos objetivos do investidor.
Como diversificar os investimentos?
O mercado financeiro, de acordo com os perfis de investimento, classifica os ativos em 3 categorias diferentes:
- investimentos arriscados (como bolsa de valores e fundos que buscam superar o Ibovespa)
- investimentos moderados (como fundos imobiliários e fundos que buscam superar o CDI)
- investimentos conservadores (como títulos pós fixados, CDBs e fundos que buscam superar a inflação)
Uma carteira de investimentos diversificada possui ativos das três categorias. Como já dissemos, a quantidade depende do perfil de cada investidor.
Dessa forma, a ideia é que o investidor tenha pelo menos um ativo de cada categoria a fim de balancear e diversificar a carteira. Quanto mais ativos, mais disperso o risco fica.
Além disso, é recomendável começar a montar a carteira pelos ativos mais seguros (ou seja, mais conservadores, em que a relação risco x lucro é menor) para depois avançar para investimentos arriscados, como a compra de ações e fundos de ações.
Vantagens de ter uma carteira diversificada
Sempre buscamos listar os pontos positivos e negativos, mas, no caso da diversificação dos investimentos, praticamente não existem desvantagens.
A segurança da diversificação é tão saudável que compensa qualquer ponto negativo.
Para comprovar isso, listamos algumas das vantagens para o investidor:
Mais chances de ter sucesso
Evitando a aposta total dos recursos em apenas um investimento, é possível aumentar as possibilidades de obter sucesso nos aportes, pois a carteira será formada por diferentes classes de ativos. Mesmo que um indexador caia, outros resistirão, mantendo a carteira equilibrada.
Potencialização dos ganhos
O investidor pode garantir uma rentabilidade acima do mercado com mais facilidade, pois a carteira será composta por ativos de diferentes indicadores. Caso algum deles se destaque, todo o retorno da sua carteira é elevado.
Redução de riscos
A exposição a uma enorme gama de opções de investimento permite que o risco seja dissolvido, já que cada ativo reage de formas diferentes de acordo com movimentos políticos, econômicos e sociais.
Mais tranquilidade para o investidor
Além de garantir a longevidade da carteira, ter uma parte do patrimônio investido em ativos de maior liquidez dá tranquilidade ao investidor, que sabe que pode recorrer àquele dinheiro a qualquer hora que precisar. Por outro lado, ter partes do patrimônio investido em ativos de maior risco garante uma maior rentabilidade para a carteira, equilibrando as relações.
Diversificação e balanceamento: a combinação perfeita para o investidor
Depois que o investidor consegue construir uma carteira diversificada, é muito importante que ele tenha disciplina para mantê-la dessa forma. É aí que entra a estratégia do balanceamento de carteira.
Ela consiste em revisitar a carteira para conferir se os ativos continuam seguindo as porcentagens recomendadas no perfil do investidor.
Caso haja valorizações, por exemplo, é interessante vender pelo menos uma parte das posições e reinvestir em outro ativo. É nessa hora que o investidor realmente tem lucro.
Caso esteja desvalorizada, deve avaliar se vale a pena aguardar a retomada de valorização, se é melhor se desfazer ou até mesmo se vale fazer novos aportes a fim de aumentar o investimento buscando um movimento de crescimento para o futuro.
De qualquer forma, se a carteira foi pensada de acordo com o perfil do investidor, é bem simples: o objetivo do balanceamento é buscar que esse equilíbrio (tanto das porcentagens quanto da diversidade dos ativos) se mantenha durante o tempo necessário que foi estipulado para o investidor ao escolher a estratégia.
É claro que pessoas e planos mudam o tempo todo; dessa forma, a estratégia por trás da montagem da carteira não precisa ser a mesma para sempre.
Contudo, enquanto for interessante para o investidor, é fundamental ter foco para manter o planejamento.
Conclusão
A diversificação dos investimentos é, sem dúvidas, uma das estratégias mais importantes para o investidor que deseja obter sucesso não só no aumento como também na conservação do seu patrimônio.
Esse conceito é bastante simples e até meio óbvio, mas muitos investidores, principalmente os que estão começando, podem cometer o erro de apostar em um único ativo e acabar perdendo dinheiro.
Para evitar esse desgaste, busque sempre informações confiáveis e evite “seguir a manada”.
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